O Hospital de Caridade de Erechim passou a adotar o Brinquedo Terapêutico em sua Unidade Pediátrica. Para a instituição, na assistência à saúde o brincar deve ser utilizado tanto para cumprir função recreacional quanto terapêutica.
A utilização do método iniciou há cerca de um mês. E a ideia partiu da enfermeira Cátia Regina Mingotti, que conheceu a experiência durante especialização realizada na Faculdade Pequeno Príncipe, em Curitiba (PR). “A proposta vem sendo inserida na prática assistencial às crianças e com ela inúmeros benefícios se consolidam no contexto do cuidado. Apresentei o projeto à gerência assistencial do HC, que prontamente apoiou”, explica a profissional.
Capacitação
Antes da implantação da medida, a equipe da Pediatria passou por uma capacitação, coordenada pela própria Cátia. “Estamos utilizado o Brinquedo Terapêutico não apenas como um meio de alívio às questões impostas pela doença, hospitalização ou pelos procedimentos, mas também como uma possibilidade de comunicação. Por meio dos bonecos, podem tanto dar explicações quanto receber informações importantes”, resume a enfermeira.
No total, o HC dispõe de 25 leitos na Unidade Pediátrica.
Modalidades da técnica
Cátia explica que o Brinquedo Terapêutico obedece à Resolução n. 546/2017 do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) e pode ser classificado em três tipos:
– Dramático: que propicia à criança dramatizar experiências novas, difíceis de serem verbalizadas, e tornar-se emocionalmente segura;
– Capacitador de funções fisiológicas: a criança participa de atividades para melhorar o seu estado físico por intermédio de brincadeiras que reforçam e envolvem seu próprio cuidado;
– Instrucional ou preparatório: prepara a criança, por meio de uma brincadeira, para os procedimentos aos quais será submetida. Promove a sua compreensão sobre o tratamento e também esclarece conceitos errôneos.