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Conscientização e Avanços no Tratamento do Câncer são Destaques em Entrevista com a Radio-Oncologista Caroline Sartori Basso

Publicado 10/04/2025 às 05:42


Em entrevista ao programa Análise em Dois Tempos, da Radiodifusão, a médica radio-oncologista Dra. Caroline Sartori Basso abordou temas fundamentais relacionados ao câncer, incluindo prevenção, fatores de risco, avanços nos tratamentos e a importância da conscientização da população.

Segundo a especialista, a data de conscientização é essencial para desmistificar o câncer, doença que ainda causa medo e é cercada por tabus. “Apesar de o câncer ainda ter uma taxa de mortalidade significativa, estamos em uma nova era de diagnóstico e tratamento, com mais chances de cura e qualidade de vida para os pacientes”, afirma Dra. Caroline.

Dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) indicam que o Brasil deve registrar mais de 700 mil novos casos da doença entre 2024 e 2025. Os tipos mais frequentes são o câncer de pele (não melanoma), seguido de próstata em homens e mama em mulheres. Em Erechim, os padrões seguem a média nacional, embora o acesso ao diagnóstico e características regionais também influenciem nas estatísticas.

Câncer em Jovens e Estilo de Vida

Embora o câncer seja mais comum em pessoas acima de 60 anos, casos em jovens têm chamado a atenção. “A maioria dos cânceres não é hereditária. Cerca de 90% dos casos estão ligados ao estilo de vida e fatores ambientais, como má alimentação, obesidade, sedentarismo e exposição a substâncias químicas”, destaca a médica.

Ela reforça que cerca de 30% a 40% dos cânceres podem ser prevenidos com mudanças no estilo de vida. Manter o peso adequado, praticar atividade física regularmente, evitar o consumo excessivo de carne vermelha e alimentos embutidos, não fumar e reduzir o consumo de álcool são atitudes que reduzem significativamente o risco da doença.

Vacinas e Fake News

Dra. Caroline também esclareceu dúvidas sobre possíveis relações entre vacinas e o desenvolvimento de câncer. “Não há nenhum estudo científico que comprove que vacinas, incluindo as da COVID-19, aumentam a incidência de câncer. Pelo contrário, temos vacinas que previnem o câncer, como a da Hepatite B, que reduz o risco de câncer de fígado, e a do HPV, que previne o câncer de colo do útero”, reforça.

Ela alerta sobre o impacto negativo das fake news na saúde: “Hoje, de cada 10 notícias sobre saúde que circulam nas redes sociais, cerca de 7 são falsas.”

Tratamento em Erechim: Tecnologia de Ponta

Erechim hoje oferece estrutura comparável à de grandes centros urbanos. “Contamos com tecnologia avançada em radioterapia e acesso a tratamentos modernos, como quimioterapia, imunoterapia e terapia-alvo, que são mais personalizados e menos agressivos”, afirma.

Além dos medicamentos e aparelhos de última geração, o tratamento do câncer é multidisciplinar, envolvendo médicos, nutricionistas, psicólogos, enfermeiros e fisioterapeutas. O apoio da família também é fundamental. “Ninguém gosta de caminhar sozinho. A presença da família no consultório é essencial”, enfatiza.

Sinais de Alerta e Diagnóstico Precoce

A médica recomenda atenção a sintomas como emagrecimento inexplicado, cansaço constante, sangramentos, alterações no hábito intestinal e dificuldade para engolir, que podem ser indicativos de diversos tipos de câncer. “O diagnóstico precoce aumenta significativamente as chances de cura.”

Ela lembra ainda que abril é o mês de conscientização sobre o câncer de esôfago, doença que também pode estar associada ao consumo de bebidas muito quentes, como o chimarrão. “Não se trata de eliminar o hábito, mas de evitar temperaturas muito altas, acima de 65°C”, aconselha.

Respondendo a uma pergunta de ouvinte, a médica esclareceu que não há evidências científicas que comprovem que o cloro presente na água potável aumente o risco de câncer, reforçando a importância de se basear em informações confiáveis.

Mensagem Final

Para Dra. Caroline, é hora de abordar o câncer de maneira mais leve e consciente. “Hoje temos mais opções de tratamento, qualidade de vida e índices de cura muito superiores ao que se via há 10 ou 15 anos. A chave está na prevenção e na detecção precoce”, conclui.

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