Encontro sobre atividade leiteira reuniu mais de 150 pessoas em São Valentim | Foto: Terezinha Vilk/Emater/RS-Ascar
O Seminário Microrregional de Leite reuniu mais de 150 pessoas em São Valentim (RS), no último dia 14. Participaram técnicos da Emater/RS-Ascar e produtores ligados à atividade de sete municípios do Alto Uruguai.
O evento foi promovido pela Emater/RS-Ascar e Prefeitura de São Valentim, com apoio do Sicredi, da Tortuga e da Milk Seeds, e envolveu os municípios de São Valentim, Barão de Cotegipe, Benjamim Constant do Sul, Entre Rios do Sul, Erval Grande e Faxinalzinho.
Palestras
Pela manhã, no CTG Ronda Crioula, aconteceram as palestras técnicas. O médico veterinário Francisco Van Riel, da Tortuga, apresentou um panorama geral sobre o sistema de confinamento das vacas. Ele destacou que o método garante maiores margem líquida de renda e produção. Mas também observou que antes de optar pelo confinamento o produtor deve adotar algumas medidas. Uma delas é o planejamento das forrageiras para um período de pelo menos um ano e com qualidade.
Entre os benefícios do sistema de confinamento em relação aos outros modelos de condução do rebanho, o veterinário cita mais conforto térmico do animal, proteção das intempéries e o dimensionamento das áreas.
A Criação da Bezerra Leiteira foi o tema da palestra do assistente técnico regional da Emater/RS-Ascar em Sistemas de Produção Animal, Vilmar Fruscalso, doutor em Agroecossistemas. Ele chamou atenção para a importância do fornecimento do colostro nas primeiras horas de vida, principalmente para garantir a imunidade do animal.
Fruscalso destacou o acompanhamento do parto, a desinfecção do umbigo e a alimentação para o manejo da bezerra. E ainda outros procedimentos que devem ser adotados pelo produtor, como o cuidado com as instalações, que devem ser limpas, secas ensolaradas e ventiladas.
Visita à propriedade da família Bitencourt
A programação prosseguiu à tarde com visita à propriedade da família de José Bitencourt. No local, foram prestadas orientações técnicas em três estações com foco nos temas Qualidade do Leite e Produção de Silagem.
A atividade leiteira é a principal fonte de renda da família, que fez um relato das atividades.
Eles iniciaram em 2001, com quatro vacas e hoje têm um plantel de 41 vacas, sendo 35 em lactação. A família também é beneficiária de políticas públicas, como Crédito Fundiário, que oportunizou a compra de terras.
O casal José e Adriane têm duas filhas: Gabriele, de 19 anos, e Franciele, de 12. A mais velha já manifestou interesse em permanecer na propriedade.
