Em ótima companhia em qualquer lugar
Rádio Difusão, a sua melhor escolha
Sintonize conosco e fique por dentro de tudo
Ouça os melhores lançamentos musicais
Canto Nativo
Apresentação Docimar Schmidt
Visita ao seu lar
Pastores da Igreja Quadrangular

Estudo do Instituto Einstein analisa reação de pacientes em quimioterapia diante de imagens da natureza

Publicado 31/12/2019 às 10:01
Imagem: Freepik/mrsiraphol

Imagem: Freepik/mrsiraphol

* Por Cristiane Bomfim, da Agência Einstein

Uma série de estudos tem associado a presença do verde a melhoras significativas na qualidade de vida, longevidade e saúde mental. O mais recente deles, realizado pelo Instituto de Saúde Global de Barcelona (ISGlobal) e publicado na revista científica The Lancet, resumiu as evidências de nove estudos sobre o tema para chegar à conclusão de que espaços verdes em meio urbano podem proteger contra mortes prematuras. Mas qual seria o efeito da observação de imagens de mares de cor azul e ondas calmas, cachoeiras, aves coloridas e flores para o bem-estar das pessoas?

Em estudo liderado pela enfermeira e pesquisadora do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa do Einstein (IIEP) Eliseth Leão, está confirmado que as imagens fotográficas da natureza são capazes de trazer conforto, tranquilidade, alegria e até reduzir a ansiedade de quem as observa, especialmente quando quem está olhando encontram-se em tratamento médico.

Para avaliar os efeitos sensoriais das fotografias, foram selecionadas 450 imagens de natureza produzidas pelos próprios pesquisadores e que eles acreditavam trazer boas sensações: de paisagens com matas até fotos do mar, passando por aves coloridas e flores. Eles incluíram ainda 30 imagens de natureza que poderiam promover alguma sensação desconfortante, como uma ave caçando. Essas, chamadas de controle, foram usadas exatamente como parâmetro na hora de analisar as sensações dos observadores.

As imagens foram avaliadas pelo público em geral, que, para cada uma delas, respondia a questões como: “O que você sente ao ver essa imagem?”. Foram mais de 28 mil avaliações.

“O objetivo era saber quais fotografias davam as sensações de prazer, desprazer, alerta e relaxamento. Descobrimos que alguns grupos de imagens levam mais para a calma e a tranquilidade. Outros para as sensações de alegria e beleza”, explica Eliseth.

Os pesquisadores separaram 40 imagens para a produção de quatro vídeos. Um deles reúne as fotografias com maior pontuação para paz e tranquilidade. Outro traz imagens que remetem, segundo validação, à beleza. Os outros dois vídeos apresentam uma miscelânea, com cenas que dão sensação de tranquilidade e alegria.

Os vídeos estão sendo exibidos a 156 pacientes durante sessões de quimioterapia realizadas no Hospital Israelita Albert Einstein. O objetivo é avaliar se o uso dessas imagens contribui para reduzir a ansiedade, o nervosismo e aumentar o ânimo dos pacientes.

Os resultados devem estar disponíveis no segundo semestre de 2020. Mas Eliseth já observa a redução de sintomas psicológicos negativos durante o procedimento.“Conseguimos notar que aspectos como preocupação e ansiedade são inibidos, e os positivos, de tranquilidade, por exemplo, aumentados. Esperamos que esta tendência seja mantida”, diz a pesquisadora.

MAIS LIDAS