Uma em cada sete pessoas é portadora de Doença Renal Crônica (DRC) e a maioria não sabe, pois não aparecem sintomas, especialmente nas fases iniciais. Para conscientizar a população e reduzir o impacto da patologia, a Sociedade Internacional de Nefrologia instituiu o Dia Mundial do Rim, que anualmente ocorre na segunda quinta-feira de março. Em 2020 o tema central é Saúde dos rins para todos. Ame seus rins. Dose sua creatinina.
Em Erechim, a campanha mobiliza a área médica do Hospital de Caridade, da Fundação Hospitalar Santa Terezinha, do Santa Mônica Hospital e do Hospital Unimed, além de professores e acadêmicos do curso de Medicina da URI.
A Sociedade Brasileira de Nefrologia coordena a campanha no Brasil e desenvolve material educativo sobre os fatores de risco para a DRC. A distribuição é feita em todas as regiões do País visando estimular os cuidados com a saúde dos rins.
A Doença Renal Crônica
A DRC se caracteriza por lesão nos rins, que se mantém por três meses ou mais, com diversas consequências. É que esses órgãos têm muitas funções, entre elas, regular a pressão arterial, filtrar o sangue, eliminar as toxinas do corpo, controlar a quantidade de sal e água do organismo, bem como produzir hormônios que evitam anemia e doenças ósseas.
Em geral, nos estágios iniciais, a doença é silenciosa, ou seja, não há sintomas ou são poucos e inespecíficos. Por isso, o diagnóstico pode ocorrer tardiamente, quando o funcionamento dos rins já está bastante comprometido, muitas vezes em estágio muito avançado. E casos assim pode ser necessários o tratamento de diálise ou transplante renal. Portanto, são fundamentais a prevenção e o diagnóstico precoce da doença, com exames de baixo custo, como a creatinina no sangue e o de urina simples.
“Existem algumas medidas para se evitar e prevenir a doença renal: alimentação saudável com pouco sal e açúcar, comer diariamente verduras, legumes e frutas; evitar refrigerantes e anti-inflamatórios não esteróides, controlar a pressão arterial e o diabetes, fazer exercícios regularmente e evitar o excesso de peso e a obesidade”, orienta o médico e professor do curso de Medicina da URI, Paulo Dalagnol.