O público que prestigiou a abertura oficial da 21ª Feira do Livro de Erechim, na noite de terça-feira, 5, confirmou que a leitura está longe de perder o seu espaço. Os presentes, tanto as autoridades como os expositores e visitantes, demonstraram apostar em dias promissores para a literatura.
O evento está sendo realizado no prédio da antiga EMA, na Avenida Sete de Setembro, e oferece, além de ótimas ofertas em livros, extensa programação cultural gratuita. E, ainda, área de convivência, cafeteria e ponto de troca de notas fiscais da Campanha Edufisco.
O vice-prefeito, Marcos Lando, destacou o comprometimento do governo municipal ao analisar a destinação financeira para as áreas. “Nós gestores precisamos investir com responsabilidade, e contemplar a cultura é dar oportunidade para um povo ser cada vez melhor. Onde semeamos conhecimento e esclarecimento colhemos uma sociedade com baixos níveis de criminalidade e com mais qualidade de vida”, frisou.
Já o secretário municipal de Cultura, Leandro Basso, lembrou as origens da literatura, do tempo em que títulos estrangeiros eram maioria e da diversidade oferecida atualmente para compartilhar conhecimento. “Um livro é o presente mais nobre que podemos dar, isso é partilhar cultura. Ler é desafiador, pois ninguém terceiriza o hábito, é de cada um abrir as janelas para conhecer o mundo por meio das palavras escritas”, completou.
Homenageados
No seu pronunciamento, o homenageado deste ano, Padre Antoninho Valentini Neto, reafirmou o esforço conjunto para a realização da Feira. E o patrono José Adelar Ody, ao apresentar dados de estudos nada animadores sobre a leitura no País, externou sua preocupação a respeito: “Temos descompromisso com os livro”, lamentou, e em seguida fez um convite a todos: “Quem não tem o hábito de ler, comece nesta Feira, é a oportunidade.”
Show da noite de abertura
O primeiro dia da Feira do Livro encerrou ao som do cantor e compositor gaúcho Nei Lisboa, acompanhado do tecladista Luiz Mauro Filho. Com a plateia lotada, o artista emocionou a todos, principalmente com seus antigos sucessos. Foi o caso, por exemplo, das faixas Romance e Faxineira.
O músico, que acaba de completar 60 anos de idade, tem uma trajetória artística de quatro décadas. Já lançou onze discos. O último, “Telas, tramas & trapaças do novo mundo”, é de 2015. Foi gravado ao vivo em Porto Alegre, com patrocínio do projeto Natura Musical.
E Nei também tem sua incursão na literatura com duas obras publicadas. Em 1991, lançou, pela editora Artes & Ofícios, o romance “Um morto pula a janela”. O título, inclusive, teve relançamento em 1999 pela editora Sulina em 1999, com uma tradução francesa editada pela L’Harmattan em 2000. O segundo livro, É Foch, lançado em de 2007 pela editora L&PM, reúne suas crônicas publicadas ao longo da década na imprensa gaúcha.
Visitação
A 21ª Feira do Livro de Erechim segue até o próximo domingo, dia 10, e tem entrada franca. O horário de funcionamento é das 13h às 22h até sexta-feira, sábado das 10h às 22h e domingo das 14h às 19h.