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42ª EXPOLEITE e 15ª FENASUL
Biólogo defende produção consorciada de leite e noz-pecã

Publicado 16/05/2019 às 05:31

Palestra promovida pela AGPTEA aborda a produção | Foto: Ton Silva/Agptea/Divulgação

Palestra promovida pela AGPTEA aborda o consórcio da produção de leite junto com a de nozes  |  Foto: Ton Silva/AGPTEA

Como diversificar a produção e aumentar os ganhos? Esse foi o norte da palestra Produção de nozes-pecã e bem estar animal do gado leiteiro, ministrada pelo biólogo e especialista em solos e nutrição de plantas, Edson Ortiz. A aula ocorreu na manhã desta quinta-feira, 16, em um evento da Associação Gaúcha dos Professores Técnicos de Ensino Agrícola (AGPTEA).

A atividade fez parte da programação da 42° Expoleite e 15ª Fenasul, que está ocorrendo, até o dia 19, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS.

Ortiz é diretor da Divinut, empresa dedicada à produção de nozes-pecã, com sede em Cachoeira do Sul (RS). Em sua explanação, ele afirmou aos criadores e estudantes presentes que a atividade agrícola em consórcio pode aumentar os lucros em até 30%.

Para ilustrar como a combinação de criações pode aumentar os ganhos, ele citou o consórcio da produção de leite junto com a de nozes. “Aliar o gado leiteiro com a pecã é um cálculo em que 2+2 é 22. Os ganhos ficam muito potencializados. Por exemplo, nessa situação os animais se beneficiam da sombra das árvores e assim produzem mais. Além disso, ao pastarem em torno das nogueiras eles ajudam na saúde delas”, explica o biólogo.

Ele também destacou a importância de levar essas informações para o meio acadêmico, pois é onde o conteúdo se dissemina. “O objetivo de abordar esse tema no curso da AGPTEA é chegar diretamente nos criadores e nos alunos, que são os maiores multiplicadores das informações no meio agrícola”, comenta o palestrante.

Produção de noz-pecã
Segundo Ortiz, o Brasil é o quarto maior exportador de noz-pecã do mundo. E, mesmo assim, ainda há muito mercado, pois hoje menos de dez países produzem o fruto.

Além do uso culinário, que também está em expansão, principalmente pela crescente demanda de confeiteiros, a produção pode render lucro de outras formas. “Moída, a casca poder virar chá. Os galhos e as demais podas também podem ser vendidos para as madeireiras, pois é um material de boa qualidade para uso em cabos de ferramentas e móveis”, exemplifica.

Na produção de nogueiras, conforme o palestrante, o cultivo é de médio e longo prazos. Pode levar entre três e quatro anos para alcançar a primeira rama. Por isso, ele defende que o consórcio com o gado leiteiro é interessante, pois é uma criação que traz resultados imediatos.

“Atualmente, a noz-chilena é a mais consumida no País, mas como a pecã é mais rica em antioxidantes ela tem uma demanda crescente. Além disso, a Associação Brasileira de Nozes e Castanhas e Frutas Secas identificou que o consumo dessa fruta é o que mais cresce no setor”, finaliza.

 

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